A Leishmaniose, também conhecida como calazar, é uma doença grave que pode afetar tanto animais quanto seres humanos. Se não tratada, pode ser fatal em até 95% dos casos. Neste mês de agosto, dedicado à conscientização sobre a doença, é importante entender os perigos e tomar medidas de prevenção.
Os cães são infectados pela picada do mosquito-palha, encontrado em regiões quentes e úmidas. Esse mosquito se alimenta de matéria orgânica em decomposição e, ao picar um cão infectado, torna-o um reservatório do protozoário Leishmania. Se outro mosquito picar esse cão e depois um humano, a doença será transmitida.
Durante o Agosto Verde, a campanha de conscientização, é fundamental conhecer os sinais clínicos da leishmaniose. Embora muitos cães não apresentem sintomas, é importante realizar exames específicos para detectar a presença da doença. Alguns sinais podem incluir enfraquecimento do pelo, feridas na região do focinho e olhos, apatia, perda de peso, entre outros.
O diagnóstico da leishmaniose pode ser desafiador, sendo a sorologia e a citologia os métodos mais comuns. Quanto ao tratamento, apenas um medicamento está disponível atualmente. Além disso, é importante cuidar dos problemas pontuais do animal, como feridas de pele e perda de peso.
A prevenção é fundamental para combater a leishmaniose. Existe uma vacina disponível, que deve ser administrada em três doses com intervalo de 21 dias, seguida de reforço anual. No entanto, é igualmente importante controlar o mosquito e evitar a transmissão do protozoário, através da higiene do ambiente e uso de repelentes nos animais.
Infelizmente, o Brasil ainda é um dos países com mais diagnósticos de leishmaniose visceral, com 90% dos casos da Leishmaniose Visceral Canina na América Latina ocorrendo aqui.
Neste Agosto Verde, vamos nos conscientizar sobre a leishmaniose e adotar medidas preventivas para proteger nossos animais de estimação e nossa saúde. Juntos, podemos combater essa doença e garantir uma convivência mais segura e saudável.